Trecho de WHISKEY SMOKE

Abbi Glines divulgou um trecho de Whiskey Smoke, 6º livro da série Smoke, que traz a estória de Levi e Aspen e será lançado no dia 27 de agosto. A autora também divulgou o título e data dos próximos lançamentos. Confira:

Próximos lançamentos:
Smokin' Hot – setembro
Burn – outubro
Scorch – novembro
Bombshell – dezembro

Trecho: 

Sons de gritos me fizeram pular da cama antes que eu percebesse o que estava acontecendo. Confuso por causa do sono profundo em que estava, parei e olhei em volta do meu quarto escuro. Então ouvi novamente. Aspen.   

Abri a porta com um solavanco e corri para o corredor em direção ao quarto dela, ao mesmo tempo em que a porta de Kye se abriu e ele saiu parecendo tão confuso quanto eu.  

"Que porra é essa?", ele perguntou com os olhos arregalados e completamente nu. Olhei para baixo, para mim mesmo. Normalmente, eu dormia nu, mas vesti boxers antes de ir para a cama por medo de que ela precisasse de mim no meio da noite.

"Vista a porra de um short", gritei para ele e abri a porta, já sabendo que era outro pesadelo. A luz da lua entrava no quarto e pude ver as cobertas de Aspen enroladas em volta dela enquanto ela lutava, gemendo e chorando. Espero que exista um inferno e que o filho da puta que causou isso esteja queimando nele. Inclinando-me sobre a cama, eu a desenrolei do cobertor e me inclinei para falar com ela gentilmente. "Está tudo bem. Você está bem. É só um sonho ruim."  

Ela se acalmou e suas mãos agarraram meus braços enquanto seus olhos se arregalavam de alarme. Olhando para mim, ela piscou quando o alívio suavizou sua expressão tensa. "Levi", ela sussurrou. Sua voz estava rouca do sono ou dos gritos. Talvez dos dois.  

"Sim, sou eu. Você está bem."  Ela assentiu com a cabeça, mas não aliviou o aperto que tinha em meus braços. 

"Ela está bem agora?" perguntou Kye atrás de mim. Eu não tinha percebido que ele havia me seguido até aqui e não estava muito feliz por ele tê-la visto com a camisola de seda que ela estava usando.  

"Sim, volte para a cama", eu disse a ele, ficando onde estava para bloquear a visão dela, caso ele ainda estivesse nu.  

"Não me deixe", ela implorou, olhando para mim com desespero.  Quando eu a acompanhei até o quarto e lhe dei boa noite, vi a incerteza em seus olhos. Ela não queria dormir sozinha em um quarto estranho. Fiquei tentado a colocá-la de volta na minha cama, mas precisávamos acostumá-la a dormir em seu quarto. Sozinha. 

Olhando para ela agora, decidi que isso poderia esperar. Eu não estava disposto a lhe dizer não depois de toda a merda pela qual ela havia passado. "Venha para o meu quarto", eu disse a ela.

Ela não perguntou por que, mas se levantou da cama como se estivesse com medo de que eu mudasse de ideia. Colocando minha mão em suas costas, eu a conduzi para fora do quarto e para o corredor, onde Kye estava encostado na parede com os braços cruzados sobre o peito. Felizmente, estava usando shorts esportivos.

Seu olhar percorreu o corpo dela e eu limpei a garganta para chamar sua atenção. Eu ia arrancar o sorriso que surgiu em seus lábios arrogantes com meu punho. Aspen se aproximou de mim e, dessa vez, fui eu quem sorriu. Era comigo que ela se sentia segura, idiota. O que ela deveria. Eu podia gostar de ser bruto e exigente com as mulheres com quem transávamos, e Kye o gentil e suave que as acariciava e tal, mas, na verdade, Kye era o homem prostituto. Não eu. Eu não mentia para as mulheres sobre o que eu estava oferecendo. Kye fazia com que elas se apaixonassem por ele e ele adorava isso. Depois, ia embora com o coração partido delas a seus pés.  

"Vá para o meu quarto e deite-se na cama", eu disse a ela e esperei até que ela saísse antes de me virar para Kye. "O quê?" Perguntei irritado. 

"Você me fez pensar que ela era jovem", disse ele.  

"Ela é", eu disse.  

Ele levantou as sobrancelhas. "Talvez porque você seja a porra de um velho, mas ela não é muito mais jovem do que eu."  

"Ela está fora dos limites", eu o avisei.

"No entanto, ela está em sua cama." 

 

"Ela está lidando com pesadelos por causa do bastardo que invadiu a casa dela."  

Kye se afastou da parede e deixou as mãos caírem ao lado do corpo. "Então você pode abraçá-la e melhorar as coisas. Isso é diferente do seu habitual."

"Não é isso que estou fazendo. Ela dorme melhor no meu quarto. Eu durmo no sofá."  

Ele deu uma risadinha. "Ah, eu não sou cego. Eu vi aquele rosto e corpo. Esse maldito pacote é tentador como o inferno. Aqueles olhos verdes inclinados para cima, cabelo castanho avermelhado comprido e grosso, pele de porcelana pálida e cremosa, e não me faça começar a falar dos peitos dela."   

Minhas mãos se fecharam ao lado do corpo. "Vá para a cama, Kye", rosnei e entrei em meu quarto, fechando a porta atrás de mim.

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